Primeiro iniciamos com um aquecimento. Trouxe o baixo hoje. Joana em improvisos vocais.
Depois, começamos improvisos individuais e duplas para temas:
1- escuridão
2- perseguição
3- queda
4- mundo infantil
Para cada tema, um material musical.
Depois dessa exploração física da palavra-chave, a turma foi dividida em grupos, cad grupo de 5 integrantes. Cada grupo, a partir da palavra-chave, teria 20 minutos para elaborar uma cena musical.
Para a música, foram explicados os seguintes parâmetros do exercício:
1- forma musical: sucessão de partes (A, B);
2- partir não da ideia de uma canção e sim do movimento que explora as possibilidades de uma situação dada;
3- usar um padrão rítmico disponível (forró, rock, rap, samba, etc). Isso se chama estilo, compor com estilos musicais, com estilemas rítmicos.
Depois do tempo de construção, cada grupo fez a apresentação dos seus materiais:
Escuridão: https://youtu.be/CJJjDjw5EV8
Depois das apresentações, indiquei que tivemos vários modos de se fazer canção cênica. Algumas cenas estavam mais ocupada pela própria canção em si. Outras, havia mais ênfase no movimento. Uns trabalharam mais no canto coletivo, outros individualizaram a fonte sonora (alguém que toca instrumento).
De todo modo, isso entra no modo como escutamos, como desenvolvemos a escuta. A ampliação do repertório do que ouvimos amplia o repertório de como trabalhamos nosso corpo, de como nos movemos. Música e teatro.
Vimos como é possível compor música para a cena. Estamos em cena, e temos de ficar preparados para várias ações simultâneas: interagir de algum modo com a plateia, com os colegas em cena, construir movimentos e sonoridades.
Quando partimos das improvisações que são sonoramente orientadas para elaborar cenas musicais há uma maior integração entre o trabalho com as ações físicas e os atos aurais, pois desde antes já estávamos explorando as ligações entre diversas percepções e imaginações.
A cena já é multissensorial: todos nossos canais de percepção estão abertos. Usando uma fala entoada ou cantando ou ainda nos movendo ritmicamente de um jeito ou outro ativamos em nós a atenção para esses padrões audiofocais.
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